ATERRO SANITÁRIO DA OESTE AMBIENTAL MUDA A REALIDADE PARA A REGIÃO OESTE DO RN
Obra inaugurada em agosto deste ano vai atender 44 cidades no estado, garantindo destinação adequada para toneladas de lixo que antes eram despejadas em lixões
Até bem pouco tempo, pelo menos 44 municípios da região Oeste do RN tinham como única opção de destinação de resíduos os lixões irregulares, um problema de saúde pública em todo o estado. Para dar uma ideia da gravidade da situação, estima-se que essas cidades juntas produzem 333,7 toneladas de lixo por dia.
Desde agosto deste ano, essa realidade começou a mudar completamente, a partir do início das operações de um aterro sanitário construído pela empresa Oeste Ambiental. E essa mudança vai muito além de representar somente o tratamento adequado para o lixo.
Quem entende bem do problema é o administrador de empresas e CEO da Oeste Ambiental, Hudson Silvestre Beserra. Ele conta que em 2008 já trabalhava na região e via o problema que os lixões representavam para as prefeituras e para a população, no que diz respeito à saúde e ao meio ambiente.
O CEO da Oeste Ambiental explica que explica que sem ter para onde destinar o lixo, as cidades levavam os resíduos para lixões, onde tudo era queimado.
O Ministério Público do RN começou então a cobrar uma solução para o problema. Diante da fiscalização, alguns municípios passaram a enterrar o lixo.
"O Ministério Público caiu direto em cima dessas cidades, cobrando a criação desse aterro. Aí a cidade fazia o quê? Cavava buraco e enterrava esse lixo. Era outro crime que ela fazia, só que ela não tinha solução legal. Ela não tinha saída. É um erro encobrindo o outro", conta o CEO da Oeste Ambiental.

“Eu digo que a gente fez história. Estamos fazendo história para essas 44 cidades que estão acabando com os lixões, acabando com as queimadas e melhorando o meio ambiente”
A partir dessa realidade, ele começou a estudar a questão e a viabilidade de abrir um aterro sanitário para receber de maneira adequada aqueles resíduos. Em agosto deste ano, o aterro foi aberto e atenderá — até o final do ano — 44 cidades da região Oeste, com a perspectiva de chegar a 56 cidades, incluindo 8 do Ceará.
De fato, afirma, será o fim dos lixões, das queimadas de lixo e da prática de cavar para esconder os resíduos, o que acabava gerando a contaminação do solo e dos lençóis freáticos, o que por sua vez, causava doenças e má qualidade de vida.
"Por isso que eu digo que fez história. Estamos fazendo história para essas 44 cidades que estão acabando com os lixões, acabando com as queimadas e melhorando o meio ambiente", afirma o administrador de empresas.


BENEFÍCIOS EXTRAS
Hudson Silvestre diz que os benefícios do aterro — instalado na BR-405, a 19 km de Rodolfo Fernandes — vão muito além do tratamento de resíduos para as cidades que precisam de um equipamento do tipo para destinar seu lixo.
Ele detalha que a obra do aterro está mudando a realidade na região também por conta da geração de renda e do fomento à economia da região. São 35 em- pregos diretos e cerca de 100 indiretos.
"Porque aí a gente fomenta o pessoal do fardamento, fomenta o pessoal do posto de combustível, o material de construção, a borracharia", diz. E enfatiza: "a existência do aterro da Oeste Ambiental fez história pra equipe que trabalha lá, está fazendo história para os 44 municípios que estão acabando com o lixão, acabando com as queimadas, tá melhorando o meio ambiente".
Hudson informa ainda que a Oeste Ambiental tem a preocupação de realizar na região e com os funcionários um trabalho social, que disponibiliza atividades como capoeira e apoio à equipe de karatê.
AMPLIAÇÃO
A Oeste Ambiental hoje atua em conjunto com a Orizon, empresa com mais de 30 anos na área de tratamento de resíduos. Para o futuro, a Oeste está trabalhando na construção de um outro aterro, em Mossoró. A obra está na fase de licenciamento.
Essa segunda unidade da empresa deverá estar pronta no segundo semestre de 2025 e garantir a mais cidades a mudança que o primeiro aterro está asseguran- do para as populações dos municípios a serem atendidos.
"Atendendo Mossoró, a gente vai chegar a 1 milhão e meio de pessoas", aponta. Ou seja, os aterros da Oeste, em breve, beneficiarão cerca de metade da popula- ção do RN.
O CEO da Oeste Ambiental lembra ainda que já há estudos demonstrando que com o tratamento adequado dos resíduos as cidades gastam menos com saúde pública, porque as pessoas adoecem menos.
E também explica que agora as populações estão se conscientizando da importância de pagar a taxa de lixo, porque sabem que o serviço está sendo feito e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento da região.
