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NOVOS GESTORES PRECISAM FICAR ATENTOS À PAUTA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

No próximo ano, novos e prefeitos reeleitos em 5.568 municípios brasileiros precisam preparar planos e projetos para solucionar problemas como mudanças climáticas, lixo e esgoto.A emergência climática traz desafios inéditos para a relação entre ciência e política. O Brasil passou este ano por uma tragédia causada pelo clima, no Sul, e a Amazônia sofreu uma […]

No próximo ano, novos e prefeitos reeleitos em 5.568 municípios brasileiros precisam preparar planos e projetos para solucionar problemas como mudanças climáticas, lixo e esgoto.
A emergência climática traz desafios inéditos para a relação entre ciência e política. O Brasil passou este ano por uma tragédia causada pelo clima, no Sul, e a Amazônia sofreu uma seca devastadora em 2023. Há outros impactos no país. Nenhum gestor pode ficar sem ser indagado sobre seus projetos para lidar com as mudanças climáticas em um nível local.

Para diminuir o aquecimento global, que causa todos os danos climáticos, depende da redução da emissão de gases de efeito estufa. É necessário uma sensibilidade política e visão de futuro. Para que medidas concretas sejam praticadas, é preciso reformar as instituições globais e as conferências do clima. O Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), entre os dias 10 e 21 de novembro do próximo ano. A cidade escolhida foi Belém, a capital do Pará, no coração da Amazônia.

“Os gestores dos países, cidades e estados precisam compreender a sua obrigação e fazer a sua parte, para que não haja mais catástrofes como as das enchentes do Rio Grande do Sul e da Espanha”

"As consequências das mudanças climáticas no planeta afetam as pessoas em áreas como moradia, economia, e outras… Como o tema é um assunto urgente, deve ser tratado com a mesma atenção que temas tradicionais como saúde, educação e segurança."

Jovem com 37 anos, Igor Normando (MDB) será o mais jovem político a comandar a capital do Pará.
Em entrevista às páginas amarelas da revista Veja, o jovem gestor, primo do governador Helder Barbalho (MDB), e que foi vereador e deputado estadual, admitiu que a maioria dos gestores não leva a sério as mudanças climáticas, mas que esse não pode ser o seu caso. “Nós, que somos amazônidas, temos a obrigação de dar o exemplo”, declarou.

O objetivo da COP 30 é apresentar a Amazônia para o mundo. O Brasil quer mostrar a Amazônia com as suas potencialidades. Além de preservar o meio ambiente e discutir as mudanças climáticas não apenas no evento. Os gestores dos países, cidades e estados precisam compreender a sua obrigação e fazer a sua parte, para que não haja mais catástrofes como as das enchentes do Rio Grande do Sul e da Espanha, e tantas outras que podem ocorrer se não observarem a capacidade de compreender a responsabilidade de uma gestão.

Recentemente, os prefeitos participaram em Brasília do "Seminário Novos Gestores", onde conheceram a fundo o Consórcio Nacional para Gestão Climática e Prevenção de Desastres (Conclima). A pauta de emergência climática afeta mais de 90% dos municípios brasileiros de forma anormal, ou seja, em situações em que foram decretadas anormalidades pelos prefeitos. “Isso significa que foram afetados por um desastre em que não conseguiram dar a devida resposta sozinhos e vão precisar dos Estados ou da União para atender à população. Desde 2023, 94% decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pelo menos uma vez, mas com certeza os dados estão subestimados. Porque é muito comum vocês serem atingidos e não decretarem, ou decretarem e não preencherem todas as informações”, explicou a gerente de Sustentabilidade da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Cláudia Lins.

As consequências das mudanças climáticas no planeta afetam as pessoas em áreas como moradia, economia, e outras… Como o tema é um assunto urgente, deve ser tratado com a mesma atenção que temas tradicionais como saúde, educação e segurança. A pauta para trocar os transportes públicos por modelos com condições menos poluentes. Usar tecnologia para acabar, por exemplo, com o uso excessivo de papel. Ter ações sustentáveis que possam diminuir essa degradação do meio ambiente. É ter a visão de preparar as próximas gerações para ter responsabilidade com o meio ambiente.

Hoje, as consequências das mudanças climáticas são uma realidade não só em outros países, como também no Brasil. Precisamos ficar atentos às histórias humanas de quem passou este ano, a crise climática, no Rio Grande do Sul. Nenhum prefeito pode ficar sem ouvir perguntas sobre o que ele fará para lidar com as mudanças climáticas em sua cidade. Um alerta diz respeito à adaptação de nossas cidades para secas e enchentes mais frequentes e mais intensas. Novos gestores devem ser comprometidos com a causa ambiental. Em suas agendas, precisam de estruturas decisórias que tenham a perenidade necessária para implementar os projetos de adaptação recomendados pela ciência.